Sobre pesquisas
Qualquer avanço médico deve ser pautado na chamada evidência. Não basta falar que tal cirurgia é eficiente para uma doença, preciso provar. Como se dá a prova?
Idealmente, um grupo homogêneo - em todos os sentidos - diagnóstico, idade, comportamento, é dividido em 2. Um recebe o tratamento padrão, será chamado controle; Outro receberá a nova proposta inovadora. Os resultados devem ser medidos e comparados. Para que uma conduta mude, o benefício deve ser observado objetivamente.
São inúmeros os erros que podem afetar a interpretação dos resultados, são chamados vieses. A grosso modo: a seleção da amostra de paciente pode estar errada, a escolha do tratamento pode ser ineficaz, as quantidades de indivíduos dos grupos pode estar equivocada.
De tal forma, inovar é extremamente trabalhoso e custoso. Centenas de trabalhos e científicos são feitos, sem que tragam de facto, uma mudança de paradigmas.
Pesquisas políticas tem o exato mesmo problema. Metodologia, amostragem, perguntas. Todas são passíveis de influenciar o resultado. Embora tenham nome pomposo, sejam difundidos em grandes plataformas, podem simplesmente, errar.
No passado não havia nem 1/5 da disseminação de informação de hoje. Avaliar grupos cuja informação era exclusiva de TV, rádio e jornal impresso parece muito mais simples do que considerar a velocidade de Whatsapp, instagram, facebook etc.
Não há como garantir que as impressões registradas em 2 dias de captação sejam coincidentes com a realidade. Em um minuto após a pesquisa, uma informação pode mudar a opinião de uma parcela da população e ainda, como garantir que grupos político e seus simpatizantes são estanques?
Se lá pelos anos 80, liberais se resumiam a um ou outro leitor de Roberto Campos, como caracterizá-los hoje, quando um cidadão pode ter recebido conteúdo via internet sem nunca ter lido uma reportagem impressa a respeito?
Há ainda risco de desonestidade e manipulação. Interesses guiam os seres humanos, bem como institutos de pesquisa. Teriam estes a solidez para não converterem-se em propagandistas? Não há como saber.
Resta as pesquisas, com confiabilidade, mostrar tendências - queda, ascensão - embora também possam significar pouco, se não tiverem correspondência aos números absolutos - e dirigir o voto útil, o que destaco como mais relevante.
Voto útil hoje mira alijar desafetos e levar a vitória o menos pior. Os movimentos anti Suplicy, Requião e Dilma foram bem sucedidos por utilizar não aqueles com maior identidade com o eleitor, mas os que bem colocados nas pesquisas, tinham chance real de vencer as disputas. Da mesma forma, candidato insosso como Pedro Paulo, na eleição municipal de 2016 teve seus votos inchados nos últimos minutos de campanha, por aqueles que não desejavam nem Crivella nem Freixo no segundo turmo, o que acabou se confirmando.
Mais uma mudança. O mundo muda, a análise também, hoje mais rápido ainda. Previsibilidade hoje parece ser mais facultada na observação dos fatos e acontecimentos do que pesquisas. A crítica hoje evoluiu, mais rápido do que os velhos institutos. A ver os próximos capítulos.
Qualquer avanço médico deve ser pautado na chamada evidência. Não basta falar que tal cirurgia é eficiente para uma doença, preciso provar. Como se dá a prova?
Idealmente, um grupo homogêneo - em todos os sentidos - diagnóstico, idade, comportamento, é dividido em 2. Um recebe o tratamento padrão, será chamado controle; Outro receberá a nova proposta inovadora. Os resultados devem ser medidos e comparados. Para que uma conduta mude, o benefício deve ser observado objetivamente.
São inúmeros os erros que podem afetar a interpretação dos resultados, são chamados vieses. A grosso modo: a seleção da amostra de paciente pode estar errada, a escolha do tratamento pode ser ineficaz, as quantidades de indivíduos dos grupos pode estar equivocada.
De tal forma, inovar é extremamente trabalhoso e custoso. Centenas de trabalhos e científicos são feitos, sem que tragam de facto, uma mudança de paradigmas.
Pesquisas políticas tem o exato mesmo problema. Metodologia, amostragem, perguntas. Todas são passíveis de influenciar o resultado. Embora tenham nome pomposo, sejam difundidos em grandes plataformas, podem simplesmente, errar.
No passado não havia nem 1/5 da disseminação de informação de hoje. Avaliar grupos cuja informação era exclusiva de TV, rádio e jornal impresso parece muito mais simples do que considerar a velocidade de Whatsapp, instagram, facebook etc.
Não há como garantir que as impressões registradas em 2 dias de captação sejam coincidentes com a realidade. Em um minuto após a pesquisa, uma informação pode mudar a opinião de uma parcela da população e ainda, como garantir que grupos político e seus simpatizantes são estanques?
Se lá pelos anos 80, liberais se resumiam a um ou outro leitor de Roberto Campos, como caracterizá-los hoje, quando um cidadão pode ter recebido conteúdo via internet sem nunca ter lido uma reportagem impressa a respeito?
Há ainda risco de desonestidade e manipulação. Interesses guiam os seres humanos, bem como institutos de pesquisa. Teriam estes a solidez para não converterem-se em propagandistas? Não há como saber.
Resta as pesquisas, com confiabilidade, mostrar tendências - queda, ascensão - embora também possam significar pouco, se não tiverem correspondência aos números absolutos - e dirigir o voto útil, o que destaco como mais relevante.
Voto útil hoje mira alijar desafetos e levar a vitória o menos pior. Os movimentos anti Suplicy, Requião e Dilma foram bem sucedidos por utilizar não aqueles com maior identidade com o eleitor, mas os que bem colocados nas pesquisas, tinham chance real de vencer as disputas. Da mesma forma, candidato insosso como Pedro Paulo, na eleição municipal de 2016 teve seus votos inchados nos últimos minutos de campanha, por aqueles que não desejavam nem Crivella nem Freixo no segundo turmo, o que acabou se confirmando.
Mais uma mudança. O mundo muda, a análise também, hoje mais rápido ainda. Previsibilidade hoje parece ser mais facultada na observação dos fatos e acontecimentos do que pesquisas. A crítica hoje evoluiu, mais rápido do que os velhos institutos. A ver os próximos capítulos.
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