Bancadas setoriais e a estrada para a legitimidade
É clichê a crítica a pouca representatividade e a pobreza programática dos partidos do Brasil. A legislação eleitoral, ungida na esteira da ditadura militar permitiu a profusão de legendas. Do messianismo ao comunismo, de definições abstratas como a reedificação da ordem nacional, a democracia cristã, etc.
Todos carecem autenticidade, permeando uma série de intervencionismos, um monte de palavras passe fáceis - social, trabalhista, progressista - com pouco significado prático. Os 50 tons de vermelho.
A baderna filosófica ainda era agraciada com o fundo partidário, que mantinha seus figurões, que a cada 4 anos passavam no horário eleitoral, garantindo algumas risadas e mais recentemente, memes.
Em 2018, ainda persiste a salada ideológica. O PSL emerge como força conservadora, mas não tem o lastro histórico da legenda. Nos demais, há todo espectro político encaixado nos mesmos números. O 55 por exemplo carrega do fisiológico Kassab, passa por Ratinho e leva, mais a direita, Sargento Fahrur.
A partir de 2019 entretanto, as bancadas temáticas da câmara, sempre tratadas pela imprensa com desdém e apelidos jocosos, principalmente - BBB, boi, bala e bíblia - terão mais força. Posições tradicionais desses deputados encontrarão coro na novidade conservadora, compondo maioria para aprovações até então impensáveis, com ainda possível efeito de manada, advindo da cláusula de barreira, que irá solapar partidos nanicos, com a provável migração de seus quadros para siglas maiores.
Com otimismo, é possível imaginar, a longo prazo, que convergência de interesses possa enfim, gestar partidos programáticos, de bandeiras definidas e identidade ideológica. Parece haver um caminho natural a legitimidade política brasileira. A maior parte da população ainda não se vê representada no parlamento, mas o ponto de inflexão, ocorrido a partir de 2013 traz hoje incipientes efeitos eleitorais. Em tempo, poderá trazer resultados políticos duradouros.
É clichê a crítica a pouca representatividade e a pobreza programática dos partidos do Brasil. A legislação eleitoral, ungida na esteira da ditadura militar permitiu a profusão de legendas. Do messianismo ao comunismo, de definições abstratas como a reedificação da ordem nacional, a democracia cristã, etc.
Todos carecem autenticidade, permeando uma série de intervencionismos, um monte de palavras passe fáceis - social, trabalhista, progressista - com pouco significado prático. Os 50 tons de vermelho.
A baderna filosófica ainda era agraciada com o fundo partidário, que mantinha seus figurões, que a cada 4 anos passavam no horário eleitoral, garantindo algumas risadas e mais recentemente, memes.
Em 2018, ainda persiste a salada ideológica. O PSL emerge como força conservadora, mas não tem o lastro histórico da legenda. Nos demais, há todo espectro político encaixado nos mesmos números. O 55 por exemplo carrega do fisiológico Kassab, passa por Ratinho e leva, mais a direita, Sargento Fahrur.
A partir de 2019 entretanto, as bancadas temáticas da câmara, sempre tratadas pela imprensa com desdém e apelidos jocosos, principalmente - BBB, boi, bala e bíblia - terão mais força. Posições tradicionais desses deputados encontrarão coro na novidade conservadora, compondo maioria para aprovações até então impensáveis, com ainda possível efeito de manada, advindo da cláusula de barreira, que irá solapar partidos nanicos, com a provável migração de seus quadros para siglas maiores.
Com otimismo, é possível imaginar, a longo prazo, que convergência de interesses possa enfim, gestar partidos programáticos, de bandeiras definidas e identidade ideológica. Parece haver um caminho natural a legitimidade política brasileira. A maior parte da população ainda não se vê representada no parlamento, mas o ponto de inflexão, ocorrido a partir de 2013 traz hoje incipientes efeitos eleitorais. Em tempo, poderá trazer resultados políticos duradouros.
A análise se encaixa perfeitamente no momento político atual! Anauê!
ResponderExcluirOpa! Obrigado! Estou começando a deixar uns palpites por aqui! Vamos ver no que dá!
ResponderExcluirAbs!